quinta-feira, 21 de abril de 2011

Conhecendo o Bairro de Santa Tereza

Estação Carioca, fica ao lado do prédio da Petrobras.


Próximo aos Arcos da Lapa, vizinho ao prédio da Petrobras, fica a estação do Bondinho que sobe até o Bairro de Santa Tereza.


Subir as ladeiras de Santa Teresa, tradicional bairro no Centro do Rio, pode se tornar ainda mais charmoso se o visitante optar pelo bonde que atravessa o bairro e oferece vista panorâmica e diferenciada de diversas partes da cidade. Além da excelente vista, a riqueza arquitetônica de Santa Teresa também pode ser apreciada no passeio.



O bonde no início do trajeto cruzando os Arcos da Lapa.



 O intervalo entre os bondes varia entre 20 e 30 minutos, dependendo do número de carros disponível no dia. 

Se quiser uma dose a mais de emoção para novatos, dê seu lugar para aquela moradora cansada e vá de pé, perto da porta. O bonde parte. O corpo ainda não se acostumou com os trancos, você não sabe onde colocar as mãos e tem a certeza de que vai cair na próxima curva. É nessa hora que o veículo alcança o ponto mais interessante do percurso. Estando sobre eles, os passageiros não enxergam os Arcos da Lapa - muitos menos os turistas, distraídos pela vista maravilhosa lá de cima. Olhando para frente, a sensação é de estar voando. 

O pouso já acontece numa das ruazinhas de Santa Teresa. O bonde ginga pelas curvas, sobre os trilhos desenhados no calçamento de pedra, brigando por espaço com os carros. Sobe pelo bairro de casarões históricos, onde restaurantes descolados dividem calçada com gente simples. 

Esqueça a praia e tire uma tarde por ali: almoce, caminhe pelas ruas arborizadas, visite centros culturais e observe os cartões-postais do Rio pelos mirantes. Você só vai querer retornar a seu hotel na Zona Sul porque a volta também é de bonde.


  
Chegando em Santa Teresa, esqueça o Bonde e vá caminhar pelas ruas do bairro, com muitas ladeiras e subidas. Um pouco cansativo pra quem não tá acostumado, mas prazeroso por descobri Santa.




Parque das Ruínas em Santa Tereza

O antigo casarão que foi parcialmente recuperado, e que hoje dá nome ao Parque das Ruinas. No ultimo andar existe um mirante de onde se obetém uma vista magnífica para a Cidade do Rio de Janeiro e para Baía de Guanabara.
História do Casarão
Em um painel de metal, exposto no local, existe um breve relato da história do casarão e dos fatos lá acontecidos. Também em rápidas palavras aqui um breve relato.
Na casa construída no terreno que hoje é chamado parque das ruinas, sua antiga proprietária, Laurinda Santos Lobo comandava um dos mais efervescentes salões da Belle Epoque carioca. Gostava de reuniões sociais, e em sua casa organizava seus saraus, onde entretinha seus convidados com música, dança, poesia, e um  impecável serviço de cozinha.
Laurinda era uma mulher abastada, nascida em Cuiabá em 1878, e a riqueza e fortuna de sua família vinha da indústria agropecuária de exportação, naquela época provavelmente o principal ramo propulsor da economia brasileira. Era também sobrinha de de Joaquim Murtinho Nobre, um médico homeopata e também personagem de destaque na República Velha.
Grandes personagens e celebridades internacionais que estiveram de passagem pelo Rio quando era então capital da República visitaram e fizeram brilhar os salões da casa. Entre estas celebridades, destaca-se Isadora Duncan, pioneira da dança moderna que se apresentou no Teatro Municipal em 1916 e o escritor Anatole France. O brasileiro e também mundialmente conhecido Heitor Vila Lobos, frequentou os salões e lá tocou. Em homenagem à Laurinda, Heitor Villa Lobos compôs a peça Quattour -Impressões da Vida Mundana. 
Laurinda era uma personagem constante das crónicas de João Rio, um intelectual, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, tendo recebido dele o título de "Marechala da Elegância". 
A Criação do Parque das Ruínas
O Parque foi criado em 1996 por iniciativa da prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretária de Cultura da Cidade. O projeto é dos arquitetos Ernani Freire e Sônia Lopes. O projeto somou às ruínas do palacete neo-colonial estruturas em ferro e vidro, dentro de uma abordagem que se poderia chamar de pós-moderna. As estrutras criadas também fortalecem a casa e criam espaços de circulação interna em vários níveis, até alcançar o último nível, onde situa-se o mirante. O objetivo do Parque é oferecer espaço agradável para a cultura e e também para lazer e contemplação.



Esta é a visão que se tem do Parque das Ruínas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário